sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Todos os Santos: Na Eternidade, Nossos Irmãos nos esperam!


            No próximo domingo, dia 01 de Novembro, a Igreja celebrará a solenidade de Todos os Santos, onde, numa única liturgia celebraremos a glória de Deus, manifestada por todos os seus Mártires e Santos. Diante da grandiosidade de tamanha festa podemos nos perguntar: Para que honrar os santos? Pra que esta solenidade? Primeiramente devemos dizer que nenhum dos santos de Deus precisa de nossa honra e nem de nossa devoção, ao contrário, cada um de nós é que precisamos de sua intercessão e exemplo de heroica santidade de vida. Pois através da devoção e do louvor aos santos, nós estamos na verdade louvando a Deus, pois é Ele o Santo e "a fonte de Toda a Santidade", como nos canta o prefácio da missa. Os santos nos mostram que é possível alcançar a glória celeste, que é possível amar a Deus acima de todas as coisas que o mundo nos pode oferecer. Mas só podemos buscar a santidade em Deus, porque ele é o primeiro e o único que é “Santo, Santo, Santo”. Deus é aquele que nos Santifica. Sim é nele que devemos buscar a Santidade de vida!


         Lembrar os Santos de Deus é recordar a nossa vocação original, nosso chamado primeiro: a vocação à Santidade. Todo aquele que é Batizado no nome e no poder da Santíssima Trindade, é convocado a viver em Deus, numa vida santa. Pelo nosso Batismo cada um de nós é arrancado do pecado e do mundo, e separado para viver uma vida na presença daquele que é o Senhor. Somos ‘separados’, é esse o significado da palavra ‘Santo’ na Bíblia, separado, mas separados de que? Pra quem? Fomos separados por Cristo para formarmos um povo Justo e Santo, para Formar a Jerusalém Celeste, isto é, o Povo Santo de Deus ressuscitado com Cristo. E por que fomos separados, podemos viver em Deus, "em santidade e sem justiça diante Dele" (Lc 1, 78), não por nossa força, mas por sua ajuda e sua graça que nos santifica. Sim, somos chamados à santidade! Sim, é possível ser Santo!

             Neste dia celebramos não pessoas estranhas e indiferentes a nós e ao nosso tempo, celebramos irmãos e irmãs que nos esperam ansiosos. Homens e mulheres que souberam amar a Cristo e sua Igreja, e tiveram a coragem de dar sua vida pelo bem do Evangelho, pelo Reino de Cristo e para a Glória de Deus. São nossos irmãos! Olhemos para o céu e contemplemos lá a Deus juntamente com nossos irmãos. Vejamos Nosso irmão o Pobre Francisco, que nos ensina a amar a Deus nos seus pobres e em sua Criação, Nossa Irmã Teresinha, tão intima de nós, que nos ensina que nossa “vocação é o amor”, ou ainda nosso irmão mais velho João Paulo II que nos repete sem cessar as palavras e o convite a não termos medo, mas a escancarar nossa vida e coração a Cristo. A Igreja recorda hoje uma “grande multidão vestida em vestes brancas, com palmas nas mãos” (Ap 7, 9). Lavados no sangue de Cristo, uma multidão de irmãos e irmãs, homens e mulheres que apesar de mortos na carne, aguardam a ressurreição de seus corpos e suas almas permanecem vivas junto de Deus, e tornaram-se para nós exemplos pelo testemunho que nos deixaram. Portanto, corramos ao encontro dessa multidão, busquemos fazer parte deste povo ressuscitado com Cristo em Deus.

         Os santos são o nosso exemplo, a santidade é nossa meta. Queremos cada um de nós, e esperamos o dia em que seremos eternos, o dia feliz em que seremos para sempre no coração de Deus. Portanto, amados em Cristo, busquemos nos assemelhar cada vez mais a Ele, na confiança e na certeza de que Aquele que é o Santo, e nos separou e escolheu como seu povo, nos santificará. Corramos ao encontro do céu, corramos ao encontro da presença de Deus com uma vida santa e pura, não tenhamos medo de desejar o céu, não temos ressalvas em ambicionar a eternidade pois para ela fomos criados, por ela fomos separados, nela somos Santificados. Enquanto não nos chega o dia do feliz convívio dos Santos suplicamos com toda a Igreja no canto do Te Deum: “Fazei-nos ser contados, Senhor, vos suplicamos, em meio a vossos santos na vossa eterna glória.” Nossos irmãos nos Esperam, vamos ao seu encontro!


Marcelo de C. Alvarenga

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